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13 de abril de 2023A doença celíaca é uma doença de origem autoimune caracterizada pela alergia ao glúten, proteína popularmente conhecida como proveniente do trigo.
No entanto, essa proteína também está presente em outros alimentos como cevada e centeio, além de aveia (por contaminação cruzada), sendo encontrada em bolos, pães, biscoitos, massas, pizzas, cerveja, doces e etc;
A doença celíaca gera sintomas desagradáveis e prejudica a absorção de nutrientes como vitaminas e minerais no intestino delgado.
Ainda não há informações suficientes para analisar a prevalência dessa doença, mas segundo a Sanar, estima-se que, na população adulta, ela fique entre 1:100 e 1:300 em todo o mundo.
Influência genética e imunológica
A doença celíaca tem como uma das principais características, a forte influência hereditária e genética.
Ou seja, você tem maior probabilidade de desenvolver a doença, caso alguém da sua família possua ou apresente os sintomas.
Cerca de 10% dos parentes de primeiro grau dos pacientes com doença celíaca apresentam manifestações clínicas da doença.
Além disso, o tempo de uso e exposição ao glúten pode elevar a chance de desenvolvimento dos sintomas associados.
Por esse motivo, especialistas recomendam o rastreio de parentes de primeiro grau de portadores de doença celiaca.
Como dito anteriormente, a doença celíaca pode surgir em qualquer pessoa, no entanto, pacientes com doenças autoimunes possuem um risco maior para a ocorrência.
Neste caso, algumas doenças contribuem para que a doença celíaca possa ser desenvolvida facilmente como:
- Lúpus;
- Tireoidite de Hashimoto;
- Diabetes tipo 1;
- Hepatite autoimune;
- Doença de Graves:
- Artrite reumatoide;
- Esclerodermia;
- Esclerose Múltipla;
- Alopecia areata;
- Síndrome de Sjogren;
- Síndrome de Raynaud.
Porém, outras doenças sem relação com o sistema imune também estão relacionadas a maior incidência da doença, como:
- Fibromialgia;
- Síndrome da fadiga crônica;
- Síndrome de Down;
- Doenças no fígado.
- Dermatite Herpetiforme.
Causas da Doença Celíaca
A doença celíaca pode manifestar-se por diversas causas, através dos vários fatores que contribuem para o aparecimento e manifestação dos sintomas.
Dentre os fatores associados à doença celíaca estão os fatores ambientais, imunológicos e fatores genéticos.
Os fatores ambientais dizem respeito à forma com que o glúten é introduzido na dieta, ainda na infância.
Já os fatores imunológicos revelam a existência de problemas que culminam na facilidade do próprio organismo reconhecer o glúten como uma substância nociva.
Por último, os fatores genéticos possuem relação com a existência de casos de doença celíaca na família ou em parentes próximos.
Existem algumas variações genéticas que aumentam o risco de doença celíaca, como a variação dos genes HLA DQ2 e DQ8, que têm sido associados a maior probabilidade de acontecimento da doença.
Quais são sinais e sintomas da doença celíaca
A doença celíaca manifesta-se geralmente ainda em idade jovem, no entanto não é regra, já que a doença pode surgir em qualquer momento da vida.
Os principais sintomas da doença celíaca são:
- Inchaço na região abdominal;
- Diarreia;
- Prisão de ventre crônica;
- Falta de apetite;
- Deficiências nutricionais;
- Desnutrição;
- Perda de peso;
- Anemia.
- Alterações psiquiátricas e de humor
- Alterações em ciclo menstrual
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Como é o Diagnóstico da Doença Celíaca
O diagnóstico para doença celíaca é feito com ajuda de um médico especialista, através da análise de sintomas e exames complementares.
A biópsia do duodeno (intestino delgado) realizada por endoscopia digestiva alta confirma a suspeita.
Exames de sangue para avaliação de anticorpos específicos e deficiências nutricionais fazem parte da avaliação do paciente celíaco.
Tratamento para os sintomas
O tratamento mais efetivo para doença celíaca é a exclusão de alimentos que contenham o glúten na composição nutricional.
Em quase 100% dos casos, os sintomas desaparecem após modificações nos hábitos alimentares.
No entanto, a maior dificuldade é a convivência com relação às diversas restrições impostas pela doença celíaca.
Por se tratar de uma doença sem cura, a dieta para celíacos deve ser seguida rigorosamente e realizada com ajuda de um profissional de nutrição.
Quando os sintomas da doença celíaca não são tratados corretamente, aumenta-se a chance de desenvolver câncer no intestino.
Além disso, algumas pesquisas afirmam que uma das consequências da doença celíaca não tratada é o aumento da probabilidade de infertilidade.
Cuidados na contaminação cruzada
A contaminação cruzada acontece quando ocorre a transferência direta ou indireta de contaminantes físicos, biológicos ou químicos de um alimento, utensílio, vetor ou manipulador.
Ela pode correr em diferentes etapas do processo de produção de alimentos como no pré-preparo, na etapa de armazenamento ou transporte, mesmo na hora de servir.
Por esse motivo, os alimentos ricos em glúten não devem ser armazenados próximos aos alimentos isentos de glúten.
Além disso, as refeições para os celíacos devem ser realizadas com a ajuda de utensílios próprios, que só podem ser usados para este fim, já que os resíduos podem transmitir o glúten.
Cuidados na alimentação e dicas de substituição do glúten
As pessoas com doença celíaca devem prestar atenção nos rótulos de alimentos, pois em muitos deles, o glúten não aparece como ingrediente principal, mas como um ingrediente secundário.
Frutas, verduras e legumes não possuem glúten na composição, portanto, são ótimas alternativas para os celíacos.
Além disso, existem vários carboidratos isentos de glúten que podem ser usados no lugar de massas, biscoitos e pães, por exemplo.
Dentre eles estão:
- Biscoito de arroz;
- Biscoito de polvilho;
- Tapioca e goma de mandioca;
- Pão de queijo;
- Bolo de cenoura sem trigo;
- Bolo de cacau sem trigo;
- Panqueca de amido de milho ou farinha de arroz.
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