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23 de outubro de 2024Lidar com episódios de refluxo ácido e com todo o mal estar que o problema causa, para além de desconfortável, pode ser bastante perigoso à saúde! Nesse sentido, conhecer o exame de pHmetria é de suma importância.
O procedimento tem a função de avaliar, detalhadamente, o retorno de líquidos ácidos e não-ácidos que estão no estômago e vão parar no interior do esôfago.
Para entender melhor como o exame permite o diagnóstico de doenças do trato gastroesofágico, confira o artigo na íntegra!
O que é o exame de pHmetria?
A pHmetria esofágica é o exame indicado para diagnosticar a chamada doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), causada pelo retorno de suco gástrico do estômago para o esôfago.
Tal situação ocorre porque o conteúdo gástrico possui ph ácido e quando entra em contato com a mucosa esofágica é responsável por causar sintomas que podem se agravar ao longo do tempo.
Dessa forma, dependendo da intensidade do caso, podem ser causadas erosões e úlceras no tecido. Muitos estudos associam o refluxo gastroesofágico à maior incidência de câncer de esôfago.
Vale ressaltar, portanto, que os pacientes que sofrem com DRGE, em geral, apresentam dois principais sintomas:
- Azia: geralmente descrita como uma sensação de queimação no meio do peito;
- Regurgitação: identificada como uma sensação semelhante ao vômito, onde o suco gástrico “volta” misturado com uma pequena quantidade de alimentos não digeridos e é sentido na boca ou na hipofaringe.
Além disso, outros sintomas também podem ser comuns, como:
- Disfagia: dificuldade para engolir;
- Dor torácica: bastante confundida com a dor do infarto;
- Sensação de “bola na garganta”;
- Odinofagia: dor ao deglutir;
- Tosse crônica;
- Rouquidão;
- Náusea.
Para que serve este tipo de exame?
Embora já tenhamos citado que o exame de pHmetria é recomendado, principalmente, em casos onde se pretende investigar a presença de DRGE, ele ainda é indicado para:
- Pacientes com queixas de sintomas atípicos, como problemas otorrinolaringológicos ou respiratório;
- Pacientes com sintomas típicos já em tratamento, mas que não apresentem resultados esperados;
- Pré-tratamentos antirrefluxo, a fim de documentar a doença;
- Pós-procedimento antirrefluxo, como forma de verificar a eficácia do tratamento;
- Avaliar o andamento de tratamentos clínicos/terapêuticos em pacientes com DRGE complicada (úlceras, estenoses, esôfago de Barret, etc).
Como é feito o preparo para o exame?
É orientado jejum de 6-8 horas antes do exame, interrupção de medicamentos como protetores gástricos (inibidores de bomba de prótons) por 7 dias, antiácidos por 24 horas e prócineticos 48 horas antes do exame. Outras classes de medicamentos, como nitratos, ansiolíticos e bloqueadores de canais de cálcio também podem ter recomendação de suspensão prévia ao exame, de acordo com indicação individual.
Durante o exame, é importante manter atividades normais e evitar atividade física. O banho deve ser realizado do umbigo para baixo, até a retirada do aparelho. Evitar bebidas alcoolicas e gasosas, chás.
Como a pHmetria é realizada?
O primeiro passo envolvido no exame de pHmetria é aplicar o gel anestésico nasal. Em seguida, será introduzido um fio de espessura bem reduzida (conhecida como sonda de pHmetria) em uma das narinas.
A função do gel, neste caso, é justamente lubrificar a narina para ajudar na introdução do fio. Assim, apesar do paciente sentir um leve desconforto, não é comum que sinta dor.
O fio de pHmetria é posicionado 5 cm acima do esfíncter esofágico inferior e, posteriormente, fixado no nariz com micropore. A localização do esfincter esofágico inferior é realizada através da manometria esofágica prévia a introdução da sonda de pHmetria.
O exame tem duração de 24 horas e os dados são registrados em um aparelho (gravador digital), ao qual não deverá ser molhado durante o exame. No dia seguinte, o aparelho e a sonda são retirados.
Durante esse processo, o paciente deve preencher um formulário informando o que sentiu ao longo do dia e registrando os horários de alimentação, sono, o período que estiver deitado e os desconfortos relacionados ao exame.
O exame de pHmetria causa alguma dor?
Bem como citamos brevemente, o exame de pHmetria não causa dor e é bem tolerado pela maioria das pessoas.
Outra grande vantagem do procedimento é que o paciente poderá retornar às suas atividades normais assim que a sonda for retirada. Apenas será solicitado a ele que tome pequenas quantidades de água, de forma intermitente.
Toda etapa ambulatorial, que envolve a introdução da sonda leva cerca de 20 minutos e não precisa de sedação. Ou seja, é um processo rápido e simples.
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